sábado, 30 de agosto de 2008

RÓTULOS DO ROCK

O ser humano está sempre buscando novidades, principalmente quando aquilo que ele tanto gosta cai na monotonia, ou melhor, na masturbação ou na insistência de perpetuar aquilo que não tem mais graça. Por isso a música, a maior linguagem universal, foi ganhando raízes e formas ao longo do tempo. Há quem tenha visto uma mesma banda entrando em crises de identidades por não saber acompanhar a evolução. Às vezes ficamos confusos... Essa é a mesma banda que tocava aquele estilo musical? Será que eu ainda vou ser fã mesmo depois destas mudanças? Mas pior ainda somos nós, consumidores, que armamos nosso aparelho de som, no centro da sala, ou do quarto, convidamos amigos para uma festa e lá está: um repertório de diversidades musicais. Quem tem tendências a um gênero específico jamais vai aceitar o seu espírito eclético... Espera um pouco! Eu tenho espírito eclético? De onde você tirou isso? Eu curto rock’n’roll! Sim... Quem disse que Kid Rock é “rock’n’roll? Quem disse que Eggstone é rock’n’roll? Só porque tem distorção de guitarra? Peraí! Venhamos e convenhamos! Você curte o que mesmo? Preste atenção nas classificações e tendências do rock abaixo e descubra se um dia você se identificou com alguma coisa. Daí saberá se você é eclético ou tem uma personalidade formada.

ATENÇÃO! Se quiser visualizar cada músico ou banda que eu dou como exemplo abaixo, basta clicar sobre o nome.



Blues – Primeiro estilo musical criado pelos negros músicos. Baseado em acordes dissonantes, como base as 6ª, 7ª, 9ª, 9ª bemol, 9ª sustenido, e 13ª. No começo utilizavam apenas violões acústicos, mais tarde utilizavam mais o piano, a guitarra e instrumentos de sopros (sax e trompete), e os solos eram baseados em escalas ascendentes.

Ex.: B.B. King, Eric Clapton, Billy Holiday, Jannis Joplin, entre outros.


Jazz – Tendo como base os instrumentos de sopro, o Jazz surgiu influenciado pelo Blues e estilos europeus de elite. Eram acordes mais livres, onde quase todos os instrumentos solavam ao mesmo tempo, seguindo-se uma lei de estética (é claro!). Os solos eram feitos em escalas ascendentes e descendentes ao mesmo tempo. Esse estilo deu origem à Bossa-Nova.

Ex.: Nat King Coll, Frank Sinatra, Luis Armstrong, Jelly Roll Morton, Kid Ory, Benny Goodman, Don Redman, Cab Calloway, Coleman Hawkins, Benny Carter, Ornette Coleman, Albert Ayler, Tom Jobim (Br), etc.


Acid Jazz – Surgiu a partir da fusão de ritmos, entre eles o próprio jazz, o funk dos anos 70, o hip-hop e o soul, o que originou por muitas vezes um ritmo mais dançante e contagiante que o jazz. As letras das músicas não seguem um tema padrão. A maioria delas fala de relações e amor, porém outras até protestam contra o governo e as próprias atitudes da humanidade. O local por onde começou a se propagar foi nos "pubs" londrinos, bares onde costumavam ter apresentações de bandas do gênero.

Ex.: Incognito, Jamiroquai, Sambadá (Br), The James Taylor Quartet, The Brand New Heavies, etc.


Fusão – Estilo rítmico que só funciona com banda formada por instrumentos acústicos, onde todos os instrumentos solam ao mesmo tempo, dentro da lei de estética. Não tem uma regra específica, porém baseia-se em alturas descendentes. O Sax é o instrumento que mais se destaca.

Ex.: Allan Holdsworth, Bill Connors, John McLaughlin, Miles Davis, Chic Corea, Jerry Goodman, John Coltrane, Shawn Lane, etc.


Rhythm And Blue – Surgiu do Blues, com swing dançante e elevado. No início utilizavam apenas o piano ou órgão para o acompanhamento. Destacavam-se mais por terem letras gospel, dentro de um swing negro-espiritual, sempre usando a acústica da voz e eram cantados em igrejas ou em comunidades religiosas. Hoje se usa uma guitarra “funkiada” e jogo de percussão na maioria das vezes. O acréscimo de um coral é fundamental pra destacar este ritmo.

Ex.: Billy Preston, Bobby Womack, Phyllis Hyman, The Commodores, ConFunkShun, Madonna (em “Like a Prayer”), Whitney Houston, Mariah Carey (no início da carreira), Fat Family (Brasil), Rick Astley, LightHouse Family, Babyface, etc.


Rock N´Roll (tradicional) – Ritmo batizado pelos brancos, que teve o propósito de revolucionar a Jovem Guarda dos anos 50. É o “papa” de todos os ramos e adjacentes do Rock. Surgiu com três fenômenos da época: Elvis Presley, Beatles e Bill Haley. Trazia um swing dançante e eletrizante, com letras que enfatizavam os sonhos de todos os jovens, porém influenciou pessoas de todas as idades. Guitarra elétrica, órgão/piano fazendo introduções simétricas, efeitos vocais acústicos, perninha pra lá, cabelos e topetes pra cá... E assim surgiu o modismo da era “Boca-de-Sino”. Hoje em dia, uma mudança não muito radical, mas considerável, faz do “papa” um estilo que dá apenas gosto de se ouvir, porém não de se dançar, como se fazia antigamente.

Ex.: Elvis Presley, Beatles, Bill Haley, Rod Stewart, Melissa Ferrick, Chuck Berry, Johnny B. Good, Little Richard, The Smith, Os Mutantes (Br), Laranja Mecânica (Br), The Fevers (Br), Clube de Patifes, etc.


Soul – Parecido com o Rhythm And Blue, porém super dançante, surgiu com a proposta de animar festas de elite e danceterias noturnas pra rapaziada mais jovem. Guitarra “Wah-Wah”, bumbo de bateria direto em compasso quaternário e um baixo bem “swingado” fazem o ritmo se destacar. Mais tarde a onda pegou e o acréscimo de orquestra e metais de sopro enriqueceu o ritmo, revirando a música na década de 70, passando a ser a “Era da Brilhantina”, e que deu início a ramos da Dance Music, tais como o Discow Moscow, Disco Party, Dance Pop, Techno Dance e outros. Hoje também é conhecido como “Black Music”.

Ex.: Bee Gees, Robin S, RuPaul, Nuyorican Soul, Gloria Gaynor, Betty Boo, Ike & Tina Tuner, The Jackson Five, Michael Jackson (no início de carreira solo), Donna Summer, Jamiroquai, Ed Motta (Br), Jorge Ben Jor (Br), Pravda (Br), Tim Maia (Br), Jota Qüest (BR), Berimbrown (Br), etc.

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Hard Rock – Rock pesado, com distorções de guitarras e levadas country. A maioria tem muita letra que nem cabem num encarte de um disco vinil, refrões comerciais e até estrofes simétricas. Hoje em dia usa-se arranjo de strings (sinfonias de violinos e violas) em algumas baladas para incrementar os arcodes.

Ex.: Deep Purple, Led Zeppelin, Guns N’Roses, Aerosmith, Rolling Stones, Skid Row, Sister Whiskey, Poison, Winger, Ratt, Creed, etc.


Jazz Rock – Metal com improvisações ao vivo, lembrando as Big Bands dos anos 40, recheado de muito Swing And Blues.

Ex.: Deep Purple, Ten Years After, Jeff Beck, Soft Machine, entre outros.


Rock Progressivo – Surgiu na década de 60. É uma mistura do clássico com o psicodelismo; A maioria das bandas aplica letras inteligentes e sem refrões padronizados, que abordam temas ligados a ufologia e outros mundos, como também a viagens e experiências vividas com o uso de drogas. Há outras bandas que referem suas letras a relacionamentos depressivos, criando um clima obscuro e metafórico. Esse estilo se classifica mais pelo tempo rítmico e mudanças no andamento e tonalidade da música, cujos mesmos estão fora de qualquer simetria.

Ex.: Yes, Pink Floyd, Jethro Tull, Genesis, Rush, Emerson Lake & Palmer, John Lennon, Los Hermanos (Br), etc.

Heavy Metal - muitas vezes referido apenas como metal ou Rock Pauleira (termo visto como ofensivo) é um gênero do Rock que se desenvolveu no final da década de 60 e no início da década de 70, em grande parte na Inglaterra e nos Estados Unidos. Tendo a influência de músicas clásicas e tendo como raízes o Blues e Rock Progressivo, as bandas que criaram o gênero desenvolveram um espesso e maciço som, caracterizado por altas distorções amplificadas, prolongados solos de guitarra e batidas enfáticas. O Allmusic afirma que "de todos os formatos do rock’n’roll, o Heavy Metal é a forma mais extrema, em termos de volume, machismo e teatralidade".

Ex.: Iced Earth, Iron Maiden, Almah (Br), Arghon (Br), AC/DC, Hazy Hamlet, Savatage, Raven, Metallica, Megadeth, etc.




Heavy Melódico - Tem características do tradicional Heavy Metal, porém adicionando-se às músicas com andamentos mais rápidos, toques medievais e clássicos; Uso de efeitos hipnóticos, letras épicas, executadas por músicos virtuosos que em sua maioria preocupa-se mais com a habilidade que com o "feeling". Músicas velozes, ricas em peso e sentimentos; guitarras cavalgadas com arpejos.

Ex.: Halloween, Stratovarius, Angra (Br), Sonata Arctica, Rhapsody, Kim Karnes, Bruce Dickinson, etc.


Death Metal – É uma das diversas ramificações do Heavy Metal. Surgiu simultaneamente em várias partes do mundo, como USA, Brasil e Suécia, na década de 80. O estilo tem raízes do Speed Metal, porém ele apresenta mais agressividade que seu antecessor; letras com temas niilistas, sobre violência, morte e fragilidade da vida humana. O vocal gutural grave é uma das características mais notáveis do estilo, podendo ter algumas variações para o vocal gutural agudo. A bateria é mais cadenciada e faz uso intensivo da técnica “Bast Beat”, herdadas do Jazz e Fusion, que emite um som semelhante ao de uma metralhadora.

Ex.:
Abominator, Anal Blast, Dead Head, Dead Horse, Mortification, Holocausto, etc.


Death Melódico – Estilo que veio se propagando no fim da década de 90 pelas bandas da Suécia. É uma tendência influenciada pelo Heavy Metal de bandas como Iron Maiden, Manowar e Judas Priest. Possui vocais gulturais, semi-rasgados, riffes de guitarras bem melódicas, porém um uso de bateria bastante agressiva. O estilo surgiu com a proposta de abordar assuntos sobre morte e mundo espirituais, como propõe o nome. Destacam-se mais as bandas da Grécia e da Escandinávia.

Ex.: Nightfall, Septic Flash (Grécia); In Flames, Children Of Bodom, Arch Enemy, Dark Tranquility (Suécia), etc.


White Metal – Ao contrário do Death Metal, esse gênero que também é conhecido como Metal Cristão engloba todo estilo de Metal que possua letras cristãs, com temas sobre Deus e o Paraíso Celestial. Muitos não o consideram um gênero musical, por ser um termo muito abrangente. Originado no começo dos anos 70, esse gênero tem sido criticado com freqüência e recebido certa resistência pela igreja tradicional.

Ex.:
Stryper, King’s X, Resurrection Band, Jerusalem, Oficina G3 (Br), Catedral (Br), Nívea Soares (Br), Whitecross, Neon Cross, Hillsong United, etc.


Doom Metal – Surgiu no início da década de 80, também ramificada do Heavy Metal. Se caracteriza por ser lento e por criar uma atmosfera de escuridão e melancolia. Sua principal influência foram os primeiros álbuns da banda Black Sabbath, que é considerada a precursora do estilo. Tem predominância de tons menores durante a maior parte das músicas, com letras que abordam temas pessoais como experiências amorosas, angústia de desespero. A partir deste estilo, nasceram as proles (subgênero): Atmospheric Doom Metal, Doom Death Metal, Drone Doom, Doom Metal Tradicional, Funeral Doom, Gothic Doom Metal, Proto Doom, Sludge Doom e Stoner Doom.

Ex.:
The Gathering, Tristania, Celestial Season, Cathedral, Lake Of Tears, Katatonia, Silent Cry, etc.


Funk Metal – Fusão do funk/rap com o Heavy Metal. Tem muita letra sem refrões simétricos e exige arranjos rígidos de baixo e bateria. Há pouca instrumentação (na maioria, usam-se apenas 1 guitarra, 1 baixo, 1 bateria completa, 1 vocal) e a maioria são voltadas para o movimento surfista.

Ex.: Red Hot Chili Peppers, Faith No More, Scatterbrain, I.M.F., O Rappa (Br), etc.

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Hip Hop Rock – Puro Funk requintado ao Rap. Adiciona-se algumas distorções de guitarra (não precisamente), letras fora de simetria e rimas (como também, descontraídas), alguns arranjos de teclado, efeitos techno e muita agressividade.

Ex.: Kid Rock, Charlie Brown Jr. (Br), etc.


Gothic Metal – Vertente do Heavy Metal, contendo vocais tristes, com acompanhamento de corais, vozes femininas, com climas psicodélicos e incursões de elementos gothic rock.

Ex.: Paradise Lost, Nightwish, Type O’Negative, Therion, etc.

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Gothic Rock – Mais psicodélico que o Gothic Metal, porém algumas bandas se destacaram com temas mais alegres, como The Cure, pois conquistou o gosto popular e a mídia.
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Hard Core – Um som paulerão, com letras que enfatizam mais o sexo. Guitarras um pouco sujas e riffs “batucados” fazem do som uma poluição audível para quem curte um Punk agressivo.
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Ex.: Little Quail (Br), Raimundos (Br), Penélope Charmosa (Br) (início de carreira), Pitty (BR), Autoramas (Br), Living Colour, etc.


Thrash Metal – Também conhecido como "Rock Paulera", foi originado no fim da década de 70 quando um grande número de bandas começou a incorporar elementos da NWOBHM (New Wave of Bhitish Heavy Metal – Nova Onda do Heavy Metal Britânico) com a nova música “pancadão” que surgia, criando assim esse novo estilo. É o gênero mais agressivo de todos, com dicção intraduzível e vozes guturais rasgados ao extremo.

Ex.: Metallica, Megadeth, Sepultura (Br), Sodom, Possessed, Dark Angel, Kreator, Destruction, Exodus, Testament, etc.


New Metal – Considerado a evolução do Metal Tradicional. Uma musicalidade com Pick Up & Samplers, sendo considerado o som do novo milênio. A mistura varia do Rap com o Punk encrementado, pequenos efeitos technopop, sons crus e levada Metal sincronizada.

Ex.:
Deftones, Limp Bizkit, Korn, Planet Hemp (Br), Rage Against The Machine, Linkin Park, etc.


Metal Industrial – Um som bastante ruidoso e tendo muito efeito techno industrial (daquelas ouvidas quase o tempo todo no CD “Dangerous” de Michael Jackson, mas claro que o estilo passa bem longe!). Possui vozes guturais graves e ritualísticas, parecendo um “eremita" invocando o diabo. Quase sempre têm letras super repetitivas e chega a ser cansativas, para quem não curte goticismo denso e monótono. Algumas bandas que estão surgindo já estão construindo algumas melodias e harmonias simétricas, mas a maioria quase não há instrumento algum. Contudo a nova geração que curte incrementar instrumentos apresenta bateria eletrônica, uso intensivo de sintetizador, riffs de guitarra derivados do Thrash Metal e muita distorção em todos os instrumentos, inclusive os vocais.

Ex.: Ministry, Throbbing Gristle, Nitzer Ebb, Fear Factory, etc.


Detroit – Um estilo feito pelos Ingleses e Europeu e que surgiu pra propôr um rock paras as danceterias. Tem influência Boogie e psicodélica, porém são músicas super pra cima.

Ex.:
Rod Stewart, A-Ha, Fred Mercury, Ritchie, Madonna (em “True Blue”), David Bowie, Alphaville, Erasure, Information Society, Pet Shop Boys, R.P.M (Br), 14 Bis (Br), Kid Abelha (no início de carreira, Br), etc.



Acid Rock – Uma proposta lançada por Madonna com a música “Beautiful Stranger” e U2 com a música “Discoteque”. É um rock dançante, com distorções de guitarra e swing dance durante os refrões especificamente. As letras são descontraídas e há muito efeito techno, como também exige um vocal sintetizado. Tem influência Soul e Surf ao mesmo tempo.

Ex.:
U2 (em “Pop”), Madonna, Cher, Modjo, Roxette (em “Have A Nice Day” e “Roon Service”), Lulu Santos (Br), Barão Vermelho (Br), Prodigy, Crossover, Seal, etc.


Rock de Estrada – É um rock com levadas country, com letras descontraídas. Usam-se poucas distorções de guitarra e serve mais pra se curtir quando está dirigindo um conversível numa alto-estrada entre uma cidade e outra. Por isso é denominado de Rock de Estrada. Elas podem ser Surf Music, Disco Soul ou até mesmo Hard Rock, porém ela se classifica mais pelo swing empolgante que se dá quando se ouve uma guitarra bem aplicada à uma letra semi-colegial e que enfocam aventuras radicais.

Ex.:
Barão Vermelho (Br), Kid Abelha (Br), Jon Bon Jovi, Roxette, Brian Adams, The Cranberries, Counting Crown, etc.


Surf Rock (ou Surf Music) – Estilo dado àquelas músicas semi-dançantes, sempre pra cima, com distorções de guitarras na maioria das vezes, dedilhado do baixo direto nas mesmas notas, mesmo variando os acordes e pegada semi-detroit.

Ex.: Men At Work, Eggstone, Dire Straits, Dick Dale, Whitesnakes, Detonautas (Br), Engenheiros do Hawaii (primeira formação), etc.


Pop Rock – Um rock puramente comercial e mais calmo. Não exige distorções de guitarras, e sempre com refrões repetitivos e pegajosos. A maioria das músicas fala sobre amor platônico, amores correspondidos, romances do tipo colegial, etc. É um estilo voltado mais para “mauricinhos” e “patricinhas”.

Ex.:
Patu Fu (Br), Barão Vermelho (Br), Engenheiros do Hawaii (Br), Legião Urbana (Br), Take That, Air Supply, InXs, Alanis Morissette, Geração Nômade (Br), etc.

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Rocksteady – Estilo musical proveniente da Jamaica nos anos 60, sendo próxiimo ao Reggae e ao Ska, porém com menos velocidade, com trombones substituído pelo piano e pelo baixo proeminente. As letras são mais voltadas a temas sociais e com uma maior consciência política, e há um foco maior em harmonias. Havia também composições relacionadas à batida e ao protesto social. A música serviu como um precursor ao Reggae.
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Ex.:
The Heptones, The Gaylads, The Dominoes, The Aces, The Wailers, Alton Ellis, Ken Boothe, Leno Peixoto (BR), Paralamas do Sucesso (Br), Skank (Br), Cidade Negra (Br), entre outros…
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Reggae – Originado da Jamaica na década de 60 a partir do Rocksteady e do Ska, pode também referir-se como Dub, Dancehall e Ragga. O termo vem do latim “Regis”, que quer dizer “rei”, e associou-se a esse gênero mais melancólico, com letras voltadas aos movimentos políticos e religiosos e ao movimento rastafári, que de fato influenciaram muitos dos músicos apologistas do estilo nas décadas de 70 e 80. Há letras também voltadas ao amor, sexualidade e crítica social. Os principais instrumentos são a guitarra e bateria com bumbo que marca o tempo quaternário simetricamente.
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Ex.: Bob Marley, Peter Tosh, Jimmy Cliff, Bunny Wailer, Jacob Miller, Gregory Isaac, Dennis Brown, Tonho Dionorina (Br), Morrão Fumegante (Br), Edson Gomes (BR), Tribo de Jah, entre outros…

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

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Quero agradecer eternamente a alguns amigos que me ajudaram direta e indiretamente a conquistar todos esses conceitos da música. Na seqüência:

- Mara Duarte - Tudo começou no ano de 2006, quando a conheci. Pegamos juntos um "busão" (ônibus na gíria baiana) e sentamos um do lado do outro. Vendo seu jeito meio gótico de se vestir, perguntei: "Você curte rock"? Ela me respondeu: "Curto Heavy Metal". Eu, que estava estudando música clássica e fazia parte de um coral evangélico, critiquei: "Como uma menina tão graciosa assume gostar de algo tão barulhento e sem sentido?". Ela fitou-me nos olhos, seriamente, e retrucou: "Porque você ainda não injetou o rock na veia de seu cérebro. Quando isso acontecer, conhecerá um mundo musical tão rico que não terá mais volta". Por causa disso, nunca havia me tornado um fã do Heavy Metal, apesar de ter curtido muito o Hard Rock na minha adolescência, mas até então passei a defender com unhas e dentes todas as raízes porque ela realmente tinha razão e me despertou a vontade de pesquisar e curtir a riqueza musical nesse mundo infinito... e sem volta!

- Luciano Freire – Conhecido como Lucianinho. Um dia recebi um convite para escrever e editar um “fanzine” (revista para fãs) que abordava sobre as bandas de Death Metal da cidade e região, e o que se passava no mundo desse gênero por todo o planeta Terra. Bom... Na cidade do interior da Bahia que eu morava, Feira de Santana, minha cidade natal, micro-computador caseiro no ano de 2000 era algo ainda elitizado (e diga de passagem, eu sempre estive atualizado com a tecnologia. Então, imagine! Rsrsrsrsrsrs...!). Não havia mais ninguém que pudesse ajudá-lo a fazer a edição de nº 03 que já estava no intervalo de 01 ano para a edição anterior. Havia um show que aconteceria num clube no centro da cidade, com reuniões de bandas de Death Metal local e mais algumas de fora como convidados e toda a galera underground do estado. Era a oportunidade que ele tinha pra lançar e divulgar seu “fanzine”. Me dado a essa honra, fui obrigado a pesquisar tudo sobre o mundo do Death Metal e suas raízes. Porém, para me sentir afiado no assunto, pesquisei os criadores do gênero. Até sobre o Doom Metal e suas tendências eu acabei pesquisando a fundo por causa de um espaço que propagava os CD’s recém lançados. Vendo o exemplo de outros “fanzines”, concordei editar e publicar se caso Luciano me desse toda a autonomia de para fazer do meu jeito, consertando erros gravíssimos de português, escolhendo as melhores fotos e criando "layouts" bem transados que fugissem um pouco daquela aparência de “book de vampiros” iguais a todos os outros. Ele resistiu à idéia no início, mas acabou topando. Eu quis que seu “fanzine” fosse diferente, inovador e mais requintado. Sendo assim, sua vendagem foi um sucesso, recheado de elogios e expectativas da edição nº 04 (que até onde eu saiba, nunca saiu).

- Gero Bittencourt – Depois que eu pesquisei tudo a respeito do Heavy Metal me senti na obrigação de conhecer toda a história do rock. Eu era professor de música de um reformatório na minha cidade natal. Era cada pergunta de arrepiar os cabelos! Pensando na necessidade de buscar respostas e exemplos, decido fazer um domínio eletrônico na web abordando sobre tudo da história e do mundo do rock. Lembrei que um amigo meu, Gero, que também curtia rock, tinha um irmão que fazia web sites melhor que muitos “feras na informática”. Detalhe: o cara, que se chama Rodrigo Bulhões, só tinha 14 anos. Topando a idéia, Gero me deu a maior força para a publicação do site. Ajudou e opinou na interface. E modéstia à parte, o site ganhou prêmio de 1º lugar por meses pelo provedor da IG.

- Rodrigo Bulhões – Irmão de Gero, aos 13 anos já editava e publicava web sites. A pedido do irmão, Gero Bittencourt, criou meu site ROCK STARS WEB, com a mesma finalidade deste Blog, que foi um sucesso por muito tempo no provedor da IG.
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- Banda Clube de Patifes – Em 1998 eu tocava na banda Qu4tro Elementos, em minha ciddade natal. Através desse trabalho, conheci a banda Clube de Patifes. Era um grupo de jovens que estavam cursando a universidade e que decidiram fazer uma banda de Rock'n'Roll roots. De repente o Pablo, baterista e lider da banda, me convida a fazer um laboratório com eles. Nunca na minha vida eu havia antes tocado Rock'n'Roll raíz. Eu tinha apenas dois ensaios e a apresentação foi no dia seguinte. Dois ensaios para aprender o repertório dos caras e para aprender a tocar Blues e Rock'n'Roll! Ninguém faz idéia! Tinhamos que tocar em Salvador (Bahia), num bar rústico para uma galera underground que entendia muito bem do gênero. A galera da banda era um bando de malucos (no bom sentido, é claro!), e por isso eu tinha de juntar-me a eles (por que eu era mais maluco que eles!), porque eles queriam correr esse risco e, pior ainda, eu também. Mesmo hesitando um pouco, aceitei a "empreitada". Como se não bastaste minha tensão de ter que tocar algo que eu não dominava, no dia do show o portão de minha casa imprensou meu dedo médio da mão direita com toda a força do universo que sangrou pelo poros de tanto que inchou. Pensei em desistir, mas como eu nunca fui homem de voltar minha palavra atrás, não iria desta vez deixar os caras na mão, principalmente porque se tratava de uma turma muito legal. O dedo latejava bravamente durante toda a viajem para o local da apresentação. Ninguém parecia se preocupar se iria dar certo ou se "aquela nota" que o "dedão latejante" teria de tocar iria sair durante os solos. Durante o percurso do estúdio de ensaios até o local do show, a galera entortou todos os litros de 51 e Vodka com mel garganta à dentro. Lembro que quando o carro parou de andar, o mundo continuou rodando (rsrsrsrsrsrsrs...!). Cada um armou, equalizou e testou seu instrumento e assim tocamos. O pessoal - talvez por causa da bebida que ajudou e muito! - me deixou tão à vontade, que eu até hoje juro que não era a minha pessoa que estava manifestado naquela apresentação todas as vezes que eu assitia o vídeo. Até eu me surpreendi. Mas graças a essa banda, eu aprendi a ver o Blues e o Rock'n'Roll por um ângulo que jamais conseguiria ver se não fosse pela experiência de conhecer na prática. A Banda ainda resiste, e admiro a qualidade de música que a banda se preocupa em apresentar ao público. Podemos conferir seus video-clips no YouTube.

A todos esses mencionados acima, muito obrigado pela força! Que Deus abençoe sempre essas pessoas talentosas e amigas!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

VITROLA, JEANS & ROCK'n'ROLL


VITROLA é um aparelho antigo, sendo um console mono com uma saída de metal que lembrava um trombone. Com o tempo ela evoluiu e enraizou tendências na tecnologia audio-cultural que dominou o mercado do século XX. Por causa dela foram divulgadas as tendências do rock.





JEANS é um tecido que foi criado por Levi Strauss por volta dos anos 50 (ano em que tudo começou no mundo do rock) e que todas as pessoas usam: brancos, negros, pobres, ricos, políticos, religiosos, estilosos ou grunges.





ROCK'n'ROLL é o estilo musical que nasceu gradativamente, porém cresceu e se desenvolveu violentamente. Não existe ninguém na face da terra que não curta, porque não existe apenas um único tipo de rock. Cada estilo ajustado à sua tendência ou pessoa, como o Jeans.

A HISTÓRIA DO ROCK NO BRASIL


Anos 50: Não se falavam ainda em rock. No Brasil apenas o Poka era comercializado, graças a Chiquinha Gonzaga que abriu o espaço para idéias inovadoras entrarem no país.

Anos 60: Apenas influências norte-americanizadas. Conhecia-se apenas algumas bandas de Disco Party e o Frevo já influenciava o nordeste, vindo do Pernambuco e Recife.

Anos 70: Tom Jobim traz o jazz para o Brasil, usando as síncopes do Poka (criadas por Chiquinha Gonzaga), no qual nasce a Bossa Nova e o Slow Bossa, influenciados do Samba tradicional. Nasce a banda Os Mutantes, com Rita Lee e Ney Matogrosso como integrantes inaugurando um rock psicodélico, bem estilo folclórico brasileiro. O Disco Party chega nas danceterias do Rio de Janeiro e São Paulo. Caetano Veloso faz um rock provocativo, abordando em suas letras a problemática social e política do país.

Anos 80: Outras bandas e músicos aparecem. Guilherme Arantes traduz o rock em seus arranjos orquestrados, tais como o progressivo “Planeta Água” que ganhou o Festival de Musica no começo da década. Roberto Carlos e Erasmo Carlos fazem aquela linha semi-beatles misturado com Elvis Presley, porém com um pouco de “mamão-com-açúcar”. No Brasil, somente a banda de Acid Jazz, Sambada, fez um sucesso significativo, e por incrível que pareça, não foi no Brasil, e sim, no exterior, em países como Inglaterra e EUA. Léo Jaime procura inserir o Rock Roots em seu repertório, e o resultado não poderia ser outro: trilha sonora das novelas das seis. Titãs e Legião Urbana passam a ser as bandas chefes das paradas até os dias atuais (apesar de ter acabado a formação por causa da morte de Renato Russo). Com o visual estilo New Age, o Detroit Pop é o estilo que Paulo Ricardo usou para lançar o R.P.M. no mercado fonográfico. Kiko Zambianchi estoura com o hit “Chove” e Radio Patrulha estoura com “Eva”. Na Bahia surge um ritmo que futuramente chamaríamos de Axé: a mistura do Frevo com o Dance Pop e distorções de guitarras. Esse estilo foi criado graças a Dodô & Osmar e a Luiz Caldas, que tinham pura influência rock. Lulu Santos sobe as primeiras paradas com o hit “Quando Um Certo Alguém”. Paralamas do Sucesso é a banda que inovou o rock, numa mistura de Ska com Reggae e distorções de guitarras. Heróis da Resistência surge propondo um Surf semi-demasiado e bem descontraído, porém não mais que os Ultraje A Rigor, que superou as primeiras paradas com o sucesso do brega “Nu Com A Mão No Bolso”. Um Punk-Pop aparece com a banda Ira!, com a música “Núcleo Base”. Outros artistas no mundo do Rock surgiram trazendo letras inteligentes, poéticas e um swing delicioso no Brasil, como Cazuza, Camisa de Vênus e Ritchie, que apesar de ser um inglês, trouxe para o Brasil o Detroit de forma romântica e inovadora, porém nada comparado com o sucesso “Fulgás” de Marina Lima.

Anos 90: O Rock ganha novas percussões. Primeiro foi quando Sting veio morar no Brasil com um projeto para defender os índios, o que propagou seus hits e sucessos, influenciando a algumas bandas aderirem a pesquisas mais precisas, como Marina Lima nos sucessos “Grávida” e “Pessoa”. Rita Lee sobe nas paradas de sucesso com o hit “Meu Doce Vampiro”, Kid Abelha supera com a balada “Como Eu Quero” e Roupa Nova, que desde os anos 80 vêm se destacando como banda romântica revelação, com o hit “Volta P'ra Mim”. Já mais adiante um surto de bandas de rock surge, cada qual propondo swings completamente distintos. Raimundos surge propondo o Hard Core, o Sepultura surge com Black Metal, Angra e Viper propõem o Heavy Metal. Mais tarde é a vez das mulheres: inspiradas em personalidades do tipo Marina Lima, Paula Toller, entre outras, surge as bandas Pato Fu e Penélope Charmosa, propondo um Pop com distorções de Guitarra, samplers e vozes sintetizadas. Bandas de Surf e Soul aparecem em demasia, como Jota Quest, LS Jack, Vinny, etc. Planet Hemp, Charlie Brown Jr. e O Rappa conquistam o público com o pesadão do Punk misturado com Hip Hop, com temas que abordam as problemáticas sociais e políticas, e fazendo apologia à maconha (Planet Hemp). Lulu Santos apela para o Acid Rock, com o hit “Superconectividade”, e mais tarde passa a tocar somente Dance Pop. Bandas como Barão Vermelho e Erasmo Carlos mantém mais o tradicional do Rock’N’Roll. Já os Los Hermanos, para quem não sabia, assume a postura do rock progressivo e que consquistou essa nova geração.


De 2000 em diante: A Era Techno também influencia as bandas brasileiras, e era de se esperar! O Angra, depois de ter se desfeito, retorna com um novo vocal, trazendo o Heavy Metal com influencias techno e erudito. Bandas e cantoras apostando no "Drum & Bass" aparecem como Kaleidoscópio, Fernanda Porto e até Daniela Mercury. Com efeitos techno, muitas bandas de Punk Rock, Rock Pop, Surf Rock e Hip-Hop se superam, tais como LS Jack, Jota Quest, O Rappa, Pitty e outros. Bandas e intérprestes inovadores e interessantes que misturam Soul com o samba ou estilos regionais também apresentam-se no palco brasileiro, tais como Berimbrow, Falcão (ex-vocalista d'O Rappa) e Carlinhos Brown.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O SURGIMENTO DO ROCK



Apesar de no decorrer de sua história o Rock’n’Roll ter ficado mais marcado por astros brancos, deve-se aos negros – escravos trazidos da África para as plantações de algodão dos Estados Unidos – a criação da estrutura rítmica e melódica que seria a base do rock. Os cantos entoados pelos negros durante o trabalho, no início do século XX, dariam origem ao Blues (do inglês azul, usado para designar pessoa de pele escura, bem como tristeza ou melancolia). Focado basicamente no vocal, o blues era geralmente acompanhado apenas por violão.

Enquanto o blues se desenvolvia nos campos e pequenas cidades, nas grandes cidades por sua vez tocava-se o jazz, baseado na improvisação e marcado por bandas maiores e arranjos mais elaborados, com percussão e instrumentos de sopro. Por um outro lado, nas igrejas evangélicas desenvolvia-se a música Gospel negra, que embora obedecendo as escalas de blues, caracterizavam-se por ritmo frenético ou mesmo sensual, canções de redenção e esperança para um povo oprimido. A música era acompanhada por piano ou órgão.

A economia de guerra e o desenvolvimento da indústria haviam levado mais gente dos campos para a cidade, forçando o relacionamento entre brancos e negros e a tensão social e racial, mas também favorecendo a influência mútua entre a música negra (blues e seus derivados) e a música branca (principalmente Country e Jazz). Da fusão do blues original com os ritmos mais dançantes dos brancos surgiu o Rhythm And Blues, que levou a música negra ao conhecimento da população consumista.Este gênero musical surgiu nos Estados Unidos nos anos 50, e logo alcançou percussão mundial. Mais tarde caracterizou-se pelo ritmo acelerado com o uso de guitarras, possuindo linguagem simples, apoiada em ritmos que incitavam a dança. Desde seu surgimento e, ao longo dos anos, reúne uma grande diversidade de estilos

terça-feira, 26 de agosto de 2008

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